sexta-feira, 20 de julho de 2012

Últimas Notícias e Reportagens - Brasil & Mundo

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.
Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

Atirador mata 14 pessoas em sessão de "Batman" em cinema dos EUA

sexta-feira, 20 de julho de 2012 07:32 BRT
 
DENVER, EUA, 20 Jul (Reuters) - Um homem mascarado matou 14 pessoas e feriu outras 50 durante uma exibição do novo filme do Batman "O Cavaleiro das Trevas Ressurge" na cidade norte-americana de Denver, afirmou o chefe da polícia local à emissora CNN.
A estação de rádio KOA, de Denver, disse que uma pessoa com máscara de gás abriu fogo durante a sessão em um shopping no subúrbio de Aurora e disparou uma bomba de fumaça ou gás lacrimogêneo.
Dezenas de policiais foram ao local e as autoridades isolaram a área enquanto checavam se havia algum dispositivo explosivo na região.
A CNN citou uma testemunha dizendo que havia visto um "homem subindo vagarosamente as escadas e atirando, escolhendo pessoas aleatórias".
A emissora disse que hospitais locais foram alertados para um "incidente com grande número vítimas".
A mídia informou que 10 pessoas morreram no local e quatro morreram depois, no hospital.

Ocidente é culpado por fracasso na ONU sobre a Síria, diz Xinhua

XANGAI, 20 Jul (Reuters) - Os diplomatas ocidentais são os culpados pelo fracasso da última resolução sobre a Síria proposta no Conselho de Segurança da ONU, após tentarem impor um esboço desequilibrado que não colocou pressão suficiente sobre os grupos opositores, informou a agência de notícias oficial chinesa Xinhua, nesta sexta-feira.
Rússia e China vetaram a resolução numa votação na quinta-feira, na terceira vez que os dois países usaram seu poder de veto para bloquear resoluções destinadas a isolar o presidente sírio, Bashar al-Assad, e acabar com o conflito de 16 meses que já matou milhares de pessoas.
O documento ameaçava autoridades sírias com sanções caso não parassem com a violência contra a revolta e o veto duplo atraiu críticas imediatas dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França, todos os quais apoiaram a resolução.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que visitou Pequim no início desta semana e discutiu o assunto com o presidente chinês, Hu Jintao, disse que estava "profundamente desapontado" com a votação do Conselho de Segurança na quinta-feira.
Em um comentário, a Xinhua disse que o esboço não era equilibrado, e que diplomatas ocidentais "exibiram arrogância e inflexibilidade" nas negociações, matando efetivamente o documento.
"Diplomatas ocidentais apressaram-se em apontar o dedo para a Rússia e China após a resolução ser derrotada, mas eles têm apenas a si mesmos para culpar por tentar forçar um esboço tão imponderado através do Conselho", disse.
O apoio ocidental à resolução enviou uma mensagem "de que os políticos em Washington e Londres estão apenas interessados em amarrar as mãos de Damasco, enquanto as operações violentas das forças antigovernamentais seriam toleradas e até incentivadas", disse.
Em vez de tomar o que a Xinhua chamou de uma abordagem de confronto, as potências ocidentais deveriam trabalhar com a Rússia e a China e apoiarem os esforços de paz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.

Prévia da confiança da indústria mostra recuo de 0,3% em julho--FGV

SÃO PAULO, 20 Jul (Reuters) - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 0,3 por cento em julho em relação ao final do mês anterior, ao passar de 103,2 para 102,9 pontos, de acordo com prévia divulgada pela Fundação Getúlio Vargas nesta sexta-feira.
Segundo a FGV, com a confirmação do resultado, o ICI registrará segunda queda consecutiva no ano e o menor índice desde fevereiro passado.
De acordo com os dados preliminares, a diminuição da confiança foi influenciada pela piora das avaliações em relação ao momento presente.
O Índice da Situação Atual (ISA) recuou 1,1 por cento, para 103,3 pontos, o menor desde janeiro passado (103,0). Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 0,5 por cento, para 102,5 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) ficou estável em 83,8 por cento na prévia de julho, idêntico à média de cinco anos, informou ainda a FGV.
A atividade da indústria é o principal fator que impede uma recuperação mais robusta da economia brasileira. Em maio, a produção do setor caiu 0,9 por cento, enquanto que o emprego recuou 0,3 por cento.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga em 1o de agosto os dados sobre a produção industrial de junho.
Frente a esse cenário, o governo já anunciou várias medidas de estímulo, como benefícios fiscais a indústrias e consumidores, além de aumento das compras federais.
Também atua neste sentido o Banco Central. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) voltou a reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para a mínima histórica de 8 por cento ao ano. O próprio BC já reduziu sua projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano de 3,5 para 2,5 por cento ao ano.

Rafael Nadal desiste de disputar Olimpíada por lesão

Photo

MADRI, 19 Jul (Reuters) - O tenista número três do mundo, Rafael Nadal, disse nesta quinta-feira que não vai disputar os Jogos Olímpicos de Londres porque não se recuperou de uma lesão.
"Não me encontro em condições de competir na Olimpíada de Londres e portanto não viajarei como estava previsto com a delegação espanhola para competir nas mesmas", disse Nadal, o atual campeão olímpico de simples e que seria o porta-bandeira da Espanha, em um comunicado.
Nadal, que conquistou o ouro nos Jogos de Pequim-2008 e era uma das maiores atrações dos Jogos, disse que não queria ser egoísta e por isso estava abrindo mão de ir a Londres por respeito a seus companheiros, para abrir espaço a outro tenista de seu país que esteja em melhor condição.
A federação espanhola de tênis (RFET) informou que Feliciano Lopez substituirá Nadal na chave de simples, enquanto o comitê olímpico do país (COE) disse que uma reunião na sexta-feira definirá quem será o porta-bandeira.
"Hoje é um dos dias mais tristes da minha carreira, já que um dos maiores sonhos e talvez o momento mais especial seria ser porta-bandeira da Espanha na cerimônia de abertura dos Jogos, então vocês podem imaginar como foi difícil tomar essa decisão."
Nadal conquistou em junho o recorde de sete títulos em Roland Garros, mas foi eliminado na segunda rodada em Wimbledon diante do tcheco Lukas Rosol, que não está entre os primeiros colocados do ranking.
Neste mês, ele desistiu de participar de um jogo beneficente contra Novak Djokovic no estádio do Real Madrid, o Santiago Bernabeu, dizendo que estava sofrendo de tendinite e precisava se poupar.
Nadal esperava voltar a Wimbledon este mês para defender seu título olímpico e essa desistência lembra a situação de 2009, quando um problema similar no joelho o tirou do Grand Slam na grana, um ano depois que ele conquistou aquele torneio pela primeira vez numa final épica diante de Roger Federer.
"Tenho que pensar nos meus colegas, não posso ser egoísta e tenho que pensar no melhor para o esporte espanhol, especialmente o tênis espanhol, e deixar jogar um colega que teve uma preparação melhor e está em condição de competir", disse.
"Tentei até o último momento nas minhas preparações, no treinamento, mas não era para ser", declarou o espanhol.

Operadoras tentam juntar os cacos após punição da Anatel

Photo

SÃO PAULO/BRASÍLIA, 19 Jul (Reuters) - As operadoras de telefonia móvel do país tentaram minimizar nesta quinta-feira os estragos de severas sanções impostas na véspera pela Anatel, enquanto múltiplos sinais de insatisfação contra elas se avolumaram.
Durante o dia, executivos da TIM Participações e da Claro reuniram-se com representantes da Anatel, prometendo entregar o plano de investimentos exigido pelo regulador, que as acusou de prestar serviço de má qualidade.
A mais castigada pela agência, que a proibiu de vender novos planos em 18 Estados e no Distrito Federal, a TIM tentou acalmar os clientes com mensagens garantindo que está investindo "para garantir a qualidade dos serviços". No fim do dia, avisou que vai entrar com mandado de segurança contra a decisão da Anatel.
Empresa do bilionário mexicano Carlos Slim, assim como a Embratel Participações, a Claro se antecipou, afirmando que já havia entregue pela manhã um plano de investimentos em melhorias de serviços, na tentativa de abreviar a suspensão das vendas em três Estados.
"Estamos trabalhando para priorizar a entrega de informações para que a resposta seja o mais rápido possível, antes dos 30 dias", disse o presidente da Claro, Carlos Zenteno. A Anatel classificou o documento como apenas "um esboço".
No fim do dia, uma fonte da agência disse à Reuters que os planos das operadoras levarão pelo menos 15 dias para ser respondidos e que o prazo vai depender da qualidade dos projetos apresentados.
Na sexta-feira será a vez de o regulador receber executivos da Oi, que teve vendas suspensas em cinco Estados menores. Por isso, suas ações subiram 4 por cento, revertendo a derrocada da véspera.
Enquanto as operadoras se mexiam para tentar amenizar os estragos, o Ministério da Justiça anunciava que a telefonia móvel foi campeã em atendimentos nos Procons do país no primeiro semestre, com mais de 78 mil demandas de consumidores.

Receita da AMD recua por fraqueza em China e Europa

SAN FRANCISCO, 19 Jul (Reuters) - A fabricante de chips Advanced Micro Devices projetou que a receita do terceiro trimestre fique abaixo das expectativas, em meio aos desafios da economia global mais fraca, vendas mornas de computadores pessoais e implacável pressão da fabricante de chips Intel.
Como outras empresas na indústria de computadores pessoais, a AMD tem sido afetada pela turbulência na economia global e pelo aumento da preferência de consumidores por tablets e smartphones, mas analistas também acreditam que a companhia pode estar perdendo mercado para processadores fabricados pelas rivais Intel e Nvidia.
A AMD registrou receita de 1,41 bilhão de dólares no segundo trimestre, contra 1,57 bilhão um ano antes. O lucro líquido ficou em 37 milhões de dólares, ou 0,05 dólar por ação, abaixo do ganho de 61 milhões, ou 0,08 dólar por papel, um ano antes.
Analistas estimavam receita de 1,5 bilhão de dólares, de acordo com o Thomson Reuters I/B/E/S.

Telebrás quer investir R$1 bi em 2013 e R$1 bi em 2014

RIO DE JANEIRO, 19 Jul (Reuters) - A Telebrás pretende investir 1 bilhão de reais no ano que vem e mais 1 bilhão de reais em 2014 na ampliação da sua rede e sua infraestrutura no país, afirmou o presidente Caio Bonilha, nesta quinta-feira, a jornalistas.
Bonilha disse ainda que a companhia negocia a oferta de serviço para incrementar a capacidade de redes 3G com uma das operadoras punidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) na quarta-feira.
A Telebrás investiu no ano passado 80 milhões de reais e a previsão para este ano é de aproximadamente 400 milhões de reais. A prioridade da empresa é investir em regiões onde há demanda por serviços de banda larga e onde as grandes operadoras do país tem pouca penetração, segundo Bonilha.
O executivo disse que desde fevereiro, a Telebrás vem desenvolvendo um produto, o VPN (Rede Privada Virtual), que está disponível ao mercado há duas semanas.
Segundo ele, uma das operadoras punidas com a proibição de vendas de novas linhas na quarta-feira pela Anatel por problemas na qualidade do serviço oferecido a seus clientes já está em negociação para adquirir o novo produto. TIM, Oi e Claro foram as companhias punidas, mas Bonilha não disse com qual delas a Telebrás está negociando.
Bonilha frisou que o sistema poderá ajudar as operadoras de telefonia a aumentar e melhorar a capacidade das suas redes 3G e 4G.
"Um dos grandes problemas que as operadoras de celulares têm, é o backhaul, que é a interligação entre a estação básica e a central de controles da operadora. É nisso que a gente quer entrar e pode auxiliar nesse esforço de melhora da qualidade dos serviços das operadoras", explicou.
"O grande problema hoje é banda larga, Internet e 3G. Nisso nós podemos ajudar bastante. As operadoras podem usar a rede da Telebrás para incrementar a capacidade de sua rede. Já estamos em negociação com uma operadora e esperamos que agora a gente acelere essa negociação", disse.
Bonilha falou após participar de cerimônia na Firjan sobre a criação de um produto de Internet Banda Larga de alta velocidade para o setor corporativo brasileiro.

Microsoft tem prejuízo no 2o tri após baixa contábil

19 Jul (Reuters) - A Microsoft teve seu primeiro prejuízo trimestral como companhia aberta nesta quinta-feira, após registrar uma baixa contábil previamente anunciada no valor de sua unidade online.
A maior companhia de software do mundo registrou um prejuízo líquido de 492 milhões de dólares, ou 0,06 dólar por ação, em comparação com o lucro de 5,87 bilhões de dólares, ou 0,69 dólar por ação, no mesmo trimestre um ano antes.
As vendas cresceram 4 por cento, para 18 bilhões de dólares, amortecidas pela lenta comercialização de PCs.
A Microsoft não registrou prejuízo trimestral desde que abriu seu capital em 1986.
O prejuízo era esperado, desde que a Microsoft anunciou no início deste mês que sofreria uma baixa contábil de 6,2 bilhões de dólares no valor de sua unidade online em razão de uma aquisição mal-sucedida.
A Microsoft também diferiu 540 milhões de dólares em receita do Windows por conta de um desconto de upgrade oferecido a clientes que compraram computadores com Windows 7 antes do lançamento do Windows 8, no final de outubro.
Excluindo a baixa contábil, mas incluindo a receita diferida, a Microsoft lucrou 0,67 dólar por ação no trimestre.
Nesses termos, Wall Street estimava que a empresa registrasse lucro de 0,62 dólar por ação, de acordo com o Thomson Reuters I/B/E/S.
As vendas trimestrais ficaram levemente abaixo da previsão média de analistas, de 18,1 bilhões de dólares.
A ação da Microsoft avançou 1,7 por cento no after-market após fechar a 30,67 dólares no Nasdaq.

Google tem receita de US$12,2 bi no 2o tri

19 Jul (Reuters) - A receita do negócio de Internet, o principal do Google, cresceu 21 por cento no segundo trimestre, enquanto a recém-adquirida Motorola Mobility aumentou a receita total do Google para 12,21 bilhões de dólares.
O Google apresentou lucro líquido de 2,79 bilhões de dólares no segundo trimestre, ou 8,42 dólares por ação, em uma base consolidada.
O custo por clique para anúncios online de busca do Google continuou a cair no segundo trimestre, com recuo de 16 por cento na comparação anual, enquanto o número geral de cliques em seus anúncios aumentou 42 por cento.
O Google, a maior ferramenta de busca na Internet no mundo, concluiu a aquisição da Motorola em meados de maio, dando ao Google uma posição no altamente competitivo negócio de hardware para smartphones, dominado por companhias como Apple e Samsung.

Dólar cai 0,39% com balanços dos EUA e alívio na Europa

SÃO PAULO, 19 Jul (Reuters) - O dólar encerrou em baixa pela quinta sessão seguida nesta quinta-feira, acompanhando uma melhora no mercado externo. Os investidores se mostraram mais animados com resultados financeiros de empresas norte-americanas, que vieram acima das expectativas, e menos preocupados com a crise na zona do euro.
O dólar fechou em queda de 0,39 por cento, cotado a 2,0138 reais na venda. Nas últimas cinco sessões, a moeda norte-americana recuou cerca de 1,3 por cento em relação ao real.
Segundo profissionais de mercado, a trégua de notícias negativas no cenário externo tem ajudado o dólar a recuar nos últimos dias, mas ainda dentro da banda informal de 2 reais a 2,10 reais estabelecida por intervenções do Banco Central.
"O mercado ainda está preso dentro desse arranjo, entre 2 e 2,10 reais. A moeda ficou muito tempo nos 2,03 reais, depois nos 2,02 reais e, aos poucos, ainda com essa ausência de notícias ruins que estavam vindo do exterior, o dólar está cedendo", disse o operador de câmbio da Renascença Corretora, José Carlos Amado.
A maioria das bolsas internacionais teve uma melhora nos últimos dias e subiu nesta quinta-feira, impulsionadas por resultados corporativos melhores do que o esperado, como o das empresas de tecnologia IBM e eBay.
Na Europa, investidores também parecem um pouco menos preocupados com a situação da Espanha. Nesta quinta-feira, a Câmara dos Deputados da Alemanha aprovou com ampla maioria a contribuição do país para um pacote de ajuda da zona do euro ao setor bancário espanhol.
A aprovação é uma vitória parlamentar da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que conquistou o apoio da oposição e conseguiu a maioria simples da própria coalizão na Câmara.
Caso o quadro internacional continue mais tranquilo, analistas acreditam o dólar pode voltar aos 2 reais. No entanto, investidores devem ficar atentos à possibilidade de atuação do Banco Central com a moeda nesse patamar. 

Copom volta a falar em "parcimônia" sobre cortes no juro--ata

BRASÍLIA, 19 Jul (Reuters) - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central voltou a afirmar que futuras reduções na Selic terão de ser feitas com "parcimônia", apesar da lentidão na retomada econômica.
"Mesmo considerando que a recuperação da atividade vem ocorrendo mais lentamente do que se antecipava, o Copom entende que, dados os efeitos cumulativos e defasados das ações de política implementadas até o momento, qualquer movimento de flexibilização monetária adicional deve ser conduzido com parcimônia", disse o Copom na ata de sua última reunião, divulgada nesta quinta-feira.
Na semana passada, o Copom reduziu a Selic em 0,50 ponto percentual, levando-a para a nova mínima histórica de 8,0 por cento ao ano. Foi o oitavo corte seguido desde que o BC começou o processo de flexibilização monetária, em agosto passado, para estimular a cambaleante economia brasileira.
No documento desta quinta-feira, o BC informou que a recuperação da atividade econômica doméstica vem acontecendo de forma "bastante gradual", mas que seu cenário principal indica um "ritmo de atividade mais intenso neste semestre".
O BC indicou, por outro lado, que a demanda doméstica tende a se apresentar robusta. "Especialmente o consumo das famílias, em grande parte devido aos efeitos de fatores de estímulos, como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito."
A avaliação do mercado sobre a ata divulgada nesta quinta mostrou que existe uma expectativa de mais um corte em agosto, mas os passos seguintes são mais incertos.
"A ata de hoje...deixa a porta aberta à possibilidade de mais cortes (na Selic), além de agosto", afirmou o economista-chefe da Raymond James, Mauricio Rosal.
Para o economista-chefe da Sulamérica Investimento, Newton Rosa, o fato de a ata conter o parágrafo no qual o Copom diz que "qualquer movimento de flexibilização monetária adicional deve ser conduzido com parcimônia" sinaliza redução da Selic na reunião de agosto. "É um sinal de que mais um corte de 0,50 ponto percentual está contratado

Diplomata russo: Assad está disposto a deixar poder "de forma ordeira"

PARIS, 20 Jul (Reuters) - O embaixador da Rússia na França disse nesta sexta-feira que o presidente sírio, Bashar al-Assad, aceitou que terá de deixar o poder, mas apenas de forma ordeira. O governo sírio, no entanto, agiu rápido para negar a afirmação.
O embaixador Alexandre Orlov disse à rádio francesa RFI que Assad, que enfrenta uma revolta de 16 meses contra o seu regime, sinalizou a disposição de renunciar ao aceitar uma recente declaração internacional que previa uma transição para a democracia na Síria.
"Na conferência de Genebra, houve um comunicado final que estabelece uma transição para um sistema mais democrático", disse Orlov. "Esse comunicado final foi aceito por Assad. Assad nomeou seu representante para liderar as negociações com a posição para essa transição. Isso significa que ele aceitou sair, mas de forma ordeira."
O Ministério da Informação da Síria rapidamente negou isso, dizendo que as declarações de Orlov eram "completamente destituídas de verdade".
Na quinta-feira, a Rússia e a China vetaram uma resolução proposta pelo Ocidente no Conselho de Segurança da ONU que continha uma ameaça de sanções à Síria se o país não cumprisse o plano de paz do enviado internacional Kofi Annan.
(Reportagem de John Irish em Paris, Khaled Yaboub Oweis em Amã e Dominic Evans em Beirute)

Mantega defende câmbio desvalorizado e dólar sobe pelo segundo dia seguido 

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reforçou ontem a mensagem do governo de que vai intervir no mercado para evitar que o dólar caia abaixo de R$ 2. Na terça-feira, o diretor de política monetária do Banco Central, Aldo Mendes, deu entrevista à 'Agência Estado', anunciando que o BC estava pronto a intervir no mercado. Mendes acenou que R$ 2 seria o piso para a cotação do dólar para evitar que os produtos brasileiros fiquem mais caros no mercado internacional e a indústria perca competitividade.
Ao comentar a entrevista, Mantega disse ontem que o governo adotou nos últimos meses medidas para desvalorizar o real em 20%. "Fazemos a política correta, estamos com o câmbio com uma posição que valorize a economia brasileira", disse.
A reação do mercado foi imediata. Pelo segundo dia seguido, o dólar fechou em alta, desta vez com valorização de 0,79% no mercado à vista, cotado a R$ 2,0310. É o maior nível desde 28 de junho.
Spread. O ministro adotou novamente a postura de colocar contra a parede os banqueiros, cobrando o aumento do crédito e a redução dos spreads bancários (diferença entre as taxas de juros pagas pelos bancos na captação de recursos e a cobrada dos clientes nas operações de empréstimos).
Mantega também não poupou de cobranças os industriais. "É preciso que o setor empresarial desperte seu espírito animal e faça os investimentos, pois quem sai na frente tem vantagens", disse. "É preciso que haja mais crédito dos bancos, com o spread caindo", completou, durante o Seminário Econômico Fiesp-Lide, em São Paulo.
No evento, Mantega rebateu críticas feitas pelo presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, que representava os banqueiros, e do presidente da Nestlé, Ivan Zurita, um dos porta-vozes do setor produtivo. Setubal atribuiu a redução do crédito ao aumento da inadimplência e à falta de um mecanismo de recuperação de perdas. Ele disse que só o Itaú Unibanco terá de arcar com uma perda de R$ 18 bilhões por conta de calotes neste ano.
O ministro, por sua vez, disse reconhecer o aumento da inadimplência, mas lembrou que é da natureza dos bancos serem pro-cíclicos (aumentarem o crédito em momentos de prosperidade) quando deveriam ser anticíclicos.
"Não é sair dando crédito adoidado, mas se reduzir o spread a inadimplência vai cair. Quero dizer, doutor Setubal, que o spread bancário no Brasil é muito alto", cutucou Mantega.
Após o presidente da Nestlé criticar a alta carga tributária e citar que 50% do preço de uma garrafa de água é resultante de tributos, Mantega disse que o setor de alimentos é o mais desonerado de todos, e que o governo se preocupa com o impacto da área na inflação. Em seguida, alfinetou Zurita: "A Nestlé tem no Brasil o segundo maior mercado mundial e significa que deve ter crescido lucrando bastante".
Logo na abertura do evento, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, cobrou de Mantega que o governo amplie, "em mais 60 dias", o prazo de recolhimento de impostos para "dar fôlego", no curto prazo, ao setor produtivo no momento de crise e de recuo no crédito. Para Mantega, uma coisa é propor uma agenda estratégica num cenário sem crise e a outra é propô-la em momentos de crise.
O ministro lembrou que a crise europeia começou diferente da crise de 2008 nos Estados Unidos, mas que seus efeitos deletérios sobre a economia estão ficando parecidos. 

BC pode intervir no câmbio para ajudar a indústria 

 

O dólar abaixo de R$ 2 não agrada a equipe econômica e o Banco Central pode voltar a agir. O recado foi dado ontem pelo diretor de política monetária da instituição, Aldo Luiz Mendes. "Minha percepção é que o dólar abaixo desse nível de R$ 2 pode não ser bom para a indústria", disse no fim da manhã.
O aviso mudou os ventos do mercado e a moeda, que recuava, passou a subir, voltou ao nível considerado adequado e terminou a R$ 2,0150, maior valor do dia, em alta de 1,31%.
Em entrevista ao Estado, Mendes deixou clara a insatisfação e a preocupação do governo com o tema. Mais que isso: mostrou que o BC está alinhado com o restante da equipe econômica no esforço de manter o dólar em um patamar favorável às empresas brasileiras.
"O desempenho industrial mais fraco até aumenta a possibilidade de o governo querer um dólar mais alto que a cotação de hoje (ontem)", disse o diretor do Banco Central.
Minutos antes da entrevista, o dólar chegou a ser trocado de mãos por R$ 1,9770. O governo entende que o dólar mais alto é importante para os exportadores, já que torna produtos e serviços brasileiros mais competitivos.
Liquidez. Oficialmente, o BC não tem um objetivo para o preço da moeda e a instituição só intervém para resolver problemas de liquidez. "Não temos uma meta de câmbio, atuamos no ajuste da liquidez", argumentou o diretor. Apesar do discurso, Aldo avisou que o banco pode voltar a comprar dólares, o que evidentemente aumentaria o preço da moeda. "O BC tem atuado numa ponta (a vendedora) e pode atuar na outra (como comprador). Sempre estamos de olho", afirmou o diretor.
A chance de voltar às compras tem até endereço: o mercado futuro. "A dinâmica atual tem sido concentrada no segmento futuro. Se a gente tivesse de voltar a intervir, seria no futuro", disse. Essa simples ameaça foi suficiente para a moeda, em poucos minutos, retornar ao patamar indicado.
O mesmo BC que agora ameaça comprar dólares teve, na semana passada, forte atuação como vendedor da moeda americana. Em três dias seguidos - entre quarta-feira e sexta-feira -, realizou leilões no mercado futuro que corresponderam à venda de cerca de US$ 9 bilhões.
Crise externa. Mesmo com tais intervenções, o diretor do Banco Central afirma que a recente queda do dólar para abaixo de R$ 2 não é responsabilidade do banco. Para ele, a queda é resultado de uma percepção positiva dos investidores sobre a crise externa. "Os anúncios após o encontro da cúpula europeia na semana passada têm consistência um pouco maior do que havia sido divulgado antes. Por isso, houve o recuo do dólar", argumenta Mendes. "Houve alívio para a tomada de risco."
Em Bruxelas, líderes europeus acertaram diretrizes para uma ação conjunta em favor do crescimento e para enfrentar a crise da dívida de vários países da região.
A sinalização dada pelo diretor do Banco Central mostra como a autoridade monetária compartilha ideias com o Ministério da Fazenda e o Palácio do Planalto. No esforço de tentar manter a indústria e o restante da economia aquecida, inúmeras medidas têm sido tomadas nas áreas tributária, fiscal e de crédito.
Sob a responsabilidade do Banco Central, o juro cai desde agosto do ano passado e houve liberação de recursos dos bancos - o compulsório - para crédito de veículos e rural.

O Banco Central e o câmbio

Pela primeira vez nos últimos 20 anos, um diretor do Banco Central vem a público para avisar que as cotações do dólar têm de subir. Mais ainda, têm de subir porque o desempenho da indústria não foi satisfatório dois meses antes. Foi o que declarou ontem o diretor de Política Monetária, Aldo Luiz Mendes.
Mesmo depois de 1999, quando foi definida a livre flutuação do câmbio no Brasil, ninguém no governo federal definiu que essa flutuação se faria de modo absoluto, no sentido de que a cotação da moeda estrangeira seria aquela que fosse determinada pela oferta e procura sem interferência das autoridades.
Sempre se soube que o câmbio no Brasil - como, de resto, em todo o mundo - opera no regime de "flutuação suja". A diferença é que, em 2004, o próprio Banco Central definiu que essa intervenção se faria em duas condições: quando fosse preciso neutralizar a excessiva volatilidade das cotações - caso de uma forte entrada ou saída de dólares: ou houvesse necessidade de formar reservas.
A partir do governo Dilma, sem declaração prévia, essa regra foi alterada. O próprio Banco Central tratou de puxar as cotações para cima para conter a excessiva valorização cambial (baixa do dólar).
Com isso, as cotações saltaram para acima dos R$ 2 por dólar, chegando ao máximo de R$ 2,0830 no dia 28 de junho. Nesta semana, o próprio Banco Central voltou a vender moeda estrangeira aparentemente porque entendeu que a desvalorização fora longe demais. As cotações voltaram a cair para abaixo dos R$ 2 por dólar, o que parece ter incomodado em especial o diretor de Política Monetária, que ontem passou o recado de que o Banco Central terá de voltar a comprar moeda estrangeira, agora no mercado de derivativos.
A condução da política de câmbio pelo Banco Central está pouco clara. Tanto não lhe interessam cotações acima de R$ 2,10 por dólar como não lhe interessam cotações abaixo de R$ 2 por dólar, o que, por si só, caracterizaria um limite estreito de variação.
Porém, mais esquisita é a afirmação de um diretor do Banco Central, cuja única função é cuidar da saúde da moeda, de que, no momento, é o desempenho da indústria que tem de determinar a política cambial, não importando muito as causas do seu baixo resultado nem o comportamento do resto da economia.
Ontem, o IBGE divulgou os resultados de sua pesquisa sobre a produção industrial e o que se viu é decepcionante: queda de 0,9% em maio em relação a abril; queda de 4,3% em relação a maio do ano passado; e de 3,4% nos primeiros cinco meses do ano em relação a igual período do ano passado.
Tanto a presidente Dilma como o ministro Guido Mantega vêm afirmando que o avanço insatisfatório do sistema produtivo (e não só o da indústria) é consequência da crise internacional - fator que não explica tudo. Em nenhum momento foi adiantado que esse fiasco tem a ver com a excessiva valorização do real nem que a desvalorização induzida até aqui teria de ser acentuada para salvar a produção.
É incompreensível que uma autoridade da área monetária declare que é preciso empurrar o câmbio, qualquer que seja a direção. Mesmo que decididas equivocadamente, essas coisas não se anunciam; simplesmente se fazem.

BC pode intervir no câmbio para ajudar indústria 

O dólar abaixo de R$ 2 não agrada a equipe econômica e o Banco Central pode voltar a agir. O recado foi dado ontem pelo diretor de política monetária da instituição, Aldo Luiz Mendes. "Minha percepção é que o dólar abaixo desse nível de R$ 2 pode não ser bom para a indústria", disse no fim da manhã.
O aviso mudou os ventos do mercado e a moeda, que recuava, passou a subir, voltou ao nível considerado adequado e terminou a R$ 2,0150, maior valor do dia, em alta de 1,31%.
Em entrevista ao Estado, Mendes deixou clara a insatisfação e a preocupação do governo com o tema. Mais que isso: mostrou que o BC está alinhado com o restante da equipe econômica no esforço de manter o dólar em um patamar favorável às empresas brasileiras.
"O desempenho industrial mais fraco até aumenta a possibilidade de o governo querer um dólar mais alto que a cotação de hoje (ontem)", disse o diretor do Banco Central.
Minutos antes da entrevista, o dólar chegou a ser trocado de mãos por R$ 1,9770. O governo entende que o dólar mais alto é importante para os exportadores, já que torna produtos e serviços brasileiros mais competitivos.
Liquidez. Oficialmente, o BC não tem um objetivo para o preço da moeda e a instituição só intervém para resolver problemas de liquidez. "Não temos uma meta de câmbio, atuamos no ajuste da liquidez", argumentou o diretor. Apesar do discurso, Aldo avisou que o banco pode voltar a comprar dólares, o que evidentemente aumentaria o preço da moeda. "O BC tem atuado numa ponta (a vendedora) e pode atuar na outra (como comprador). Sempre estamos de olho", afirmou o diretor.
A chance de voltar às compras tem até endereço: o mercado futuro. "A dinâmica atual tem sido concentrada no segmento futuro. Se a gente tivesse de voltar a intervir, seria no futuro", disse. Essa simples ameaça foi suficiente para a moeda, em poucos minutos, retornar ao patamar indicado.
O mesmo BC que agora ameaça comprar dólares teve, na semana passada, forte atuação como vendedor da moeda americana. Em três dias seguidos - entre quarta-feira e sexta-feira -, realizou leilões no mercado futuro que corresponderam à venda de cerca de US$ 9 bilhões.
Crise externa. Mesmo com tais intervenções, o diretor do Banco Central afirma que a recente queda do dólar para abaixo de R$ 2 não é responsabilidade do banco. Para ele, a queda é resultado de uma percepção positiva dos investidores sobre a crise externa. "Os anúncios após o encontro da cúpula europeia na semana passada têm consistência um pouco maior do que havia sido divulgado antes. Por isso, houve o recuo do dólar", argumenta Mendes. "Houve alívio para a tomada de risco."

Controle do câmbio prejudica exportador 

O controle de câmbio do governo Kirchner está se transformando em um tiro no pé. O objetivo é elevar o superávit comercial, mas as barreiras acabam prejudicando também as exportações.
A vinícola Trivento, da holding Concha y Toro, decidiu fechar seu departamento de exportação na Argentina por causa da exigência de trocar os dólares recebidos por pesos em 30 dias.
Antes de abril, esse prazo era de 180 dias, o que dava tempo e melhores condições aos compradores. As empresas exportadoras de vinhos em geral foram afetadas pelos prazos que estão sendo negociados pelo Instituto de Vinicultura.
Situação similar vive o setor de mineração. No mês passado, o setor deixou de exportar US$ 250 milhões, segundo a Câmara Argentina de Empresários de Mineração (Caem).
O processo de exportação do setor exige um mínimo de 180 dias entre a avaliação química do minério por parte do comprador, o estabelecimento de preços, a expedição de guias e o recolhimento de impostos e cumprimento de todos os requisitos junto ao Banco Central e à Afip (a Receita Federal argentina), como explicou o presidente da Caem, Martín Dedeu.
Até o setor automobilístico, um dos motores da economia argentina, está sendo afetado. Mais de 60% da fabricação local é destinado à exportação e o mercado brasileiro recebe 80% destas vendas.
As exportações de automóveis da Argentina para o Brasil recuaram 30,6% em maio, comparado com igual mês de 2011, conforme a Associação de Fábricas de Automóveis (Adefa). A menor demanda brasileira contribuiu fortemente para o recuo, mas não foi o único motivo.
Algumas montadoras tiveram que interromper suas linhas de produção por falta de insumos, como ocorreu com a Fiat e a Renault, recentemente.
A fabricante local de autopeças Petrak demitiu 50 empregados há algumas semanas. A empresa fornece peças à Fiat, Iveco, Volkswagen, Renault e Deutz. A Petrak alegou perda de competitividade e problemas para exportar seus produtos e importar insumos. Dezenas de outras fábricas de autopeças estão com o mesmo problema.
Protesto. Os comerciantes do bairro do Onze, uma espécie de "25 de março" de Buenos Aires, fizeram um protesto porque estão ficando sem produtos. São dezenas de lojas de brinquedos, plásticos, eletrônicos, óculos, roupas e acessórios que empregam centenas de pessoas./M.G. 

Carlos Hamilton, do BC: estimativa de inflação maior em 2012 veio por câmbio

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, afirmou nesta quinta-feira que a maior projeção de inflação para este ano pode ser atribuída à alta do dólar frente ao real.
"Como o real se depreciou nos últimos três meses, isso vale para maioria das moedas. O impacto dessa depreciação, quando ocorre, é relativamente rápido na inflação", afirmou o diretor ao apresentar o Relatório Trimestral de Inflação do BC.
A autoridade monetária passou a prever que o IPCA fechará este ano com alta de 4,7 por cento, ante estimativa anterior de 4,4 por cento.
O diretor disse ainda que a economia brasileira terá crescimento mais favorável no segundo trimestre, acelerando ao longo de 2012. 

Mercado de câmbio do País vive indefinição 

As incertezas externas têm colocado parte do mercado de câmbio em clima de espera no Brasil. Com sinais pouco consistentes e, às vezes, até divergentes sobre Europa, Estados Unidos e China, empresas e investidores optam por reduzir o ritmo nos negócios. Com volumes menores, o fluxo de dólares ao Brasil não segue tendência firme. Ontem, a moeda voltou a subir e fechou a R$ 2,035, com alta de 0,25%.
A falta de clareza sobre os rumos da economia global tem feito o mercado de moedas operar sem um norte. Após a entrada de US$ 843 milhões nos oito primeiros dias do mês, a tendência mudou: os números do Banco Central voltaram ao campo negativo e US$ 327 milhões deixaram o Brasil na semana passada, entre 11 e 15 de junho. A troca de sinais não surpreende analistas.
"Não há rumo no cenário exterior. Cada instituição fala em um sentido e o investidor fica perdido", diz a diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares. Segundo ela, a cautela gera menor volume de negócios e cuidado redobrado. A maior preocupação, diz Miriam, é ficar exposto às variações cambiais.
Ao contrário dos últimos 15 meses, o setor de comércio exterior amarga fluxo cambial negativo, segundo os dados do BC. Isso quer dizer que as transferências para pagar importações superaram o montante de dólares que ingressou no Brasil pela mão dos exportadores. Na semana passada, US$ 435 milhões deixaram o País para pagar importados.
Mesmo com o dólar a R$ 2, exportadores têm sido cautelosos. "O resultado da balança comercial tem frustrado as expectativas", diz o economista da Rosenberg & Associados, Rafael Bistafa. "Além disso, muitos trouxeram volume grande de recursos quando o dólar bateu em R$ 2. Agora, a necessidade de mais recursos parece menor e empresas preferem esperar e deixam o dinheiro no exterior."
Surpreendentemente, o fluxo de dólares com os investidores continua positivo. Na semana passada, US$ 108 milhões entraram no País em transações como compra de ações e títulos de renda fixa, empréstimos e investimento produtivo. Em junho, a conta já chega a US$ 1,12 bilhão. 

Dólar cai ante moedas fortes por dados nos EUA e Fed

O dólar caía ante outras moedas fortes no fim da tarde da quinta-feira, pressionado por dados ruins sobre pedidos de auxílio-desemprego e mercado de moradias nos Estados Unidos. Tais indicadores alimentaram temores, entre os investidores do mercado de câmbio, de que a situação aumente a probabilidade de novas ações de estímulo por parte do Federal Reserve Bank norte-americano.
"O mercado está precificando mais relaxamento quantitativo pelo Fed", comentou Ron Leven, estrategista de câmbio do Morgan Stanley em Nova York. Segundo ele, o presidente do Fed, Ben Bernanke, deu fôlego a essa percepção ao mencionar a possibilidade de corte da taxa de redesconto.
No fim da tarde, em Nova York, o euro era negociado a US$ 1,2280, de US$ 1,2284 na quarta-feira. O iene estava cotado a 78,59 por dólar, de 78,80 ienes por dólar na última sessão, e a 96,50 por euro, de 96,79 ienes por euro na véspera. A libra estava em US$ 1,5724, de US$ 1,5654 no dia anterior. As informações são da Dow Jones.

Cotações das moedas latino-americanas frente ao dólar

Bogotá, 19 jul (EFE).- Cotações das moedas latino-americanas frente ao dólar:.
Países Moeda Preços Variação.
ARGENTINA Peso 4,57 ( 0,00%).
BOLÍVIA Boliviano 6,96 ( 0,00%).
BRASIL Real 2,015 (+0,34%).
COLÔMBIA Peso 1.776,18 (+0,14%).
COSTA RICA Colón 505,14 (+0,01%).
CUBA Peso/CUC 1,00 (controlado).
CHILE Peso 485,70 (+0,45%).
EL SALVADOR Colón 8,75 ( 0,00%).
GUATEMALA Quetzal 7,81 ( 0,00%).
HONDURAS Lempira 19,64 ( 0,00%).
MÉXICO Novo Peso 13,24 (-0,76%).
NICARÁGUA Córdoba 23,59 ( 0,00%).
PARAGUAI Guarani 4.440 (-0,22%).
PERU Sol 2,640 ( 0,00%).
R.DOMINICANA Peso 39,13 (+0,05%).
URUGUAI Peso 22,00 (+0,22%).
VENEZUELA Bolívar Forte 4,30 (controlado).
(A moeda do Equador e do Panamá é o dólar). EFE

Fluxo cambial é negativo em US$ 212 mi até 13 de julho

O fluxo de dólares para o Brasil mudou de tendência e voltou a ficar negativo. Dados apresentados nesta quarta-feira pelo Banco Central mostram que US$ 609 milhões deixaram o País na semana passada, entre os dias 9 e 13. Com esse movimento, o acumulado de julho - que era positivo até então - virou e passou a registrar saída líquida de US$ 212 milhões até a última sexta-feira.
A saída de dólares tem ocorrido exclusivamente pela via comercial. Na segunda semana do mês, US$ 1,020 bilhão deixou o Brasil por essa via, já que as transferências para o exterior para pagar importados somou US$ 3,865 bilhões e superou a receita de US$ 2,845 bilhões obtida com a venda de produtos e serviços brasileiros a outros países. Com o resultado, o fluxo comercial do mês também mudou de sinal e passou a amargar saída líquida de US$ 1,010 bilhão nas duas semanas do mês.
Nas transações financeiras, os números seguem no azul. Na semana passada, operações de câmbio para a compra de ações e títulos de renda fixa, empréstimos, remessa de lucros e investimentos produtivos, entre outras, trouxeram US$ 412 milhões ao Brasil. O valor é resultado da entrada total de US$ 4,744 bilhões, maior que as saídas de US$ 4,332 bilhões. No acumulado do mês, há entrada líquida de US$ 798 milhões pelo fluxo financeiro.
No acumulado do ano até a última sexta, o Brasil registra entrada líquida de US$ 22,731 bilhões, sendo US$ 19,124 bilhões pela via comercial e US$ 3,607 bilhões pelo segmento financeiro.

Câmbio e demanda motivam revisão na balança comercial

A combinação câmbio e demanda interna mais fraca motivaram a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) alterar sua projeção para os resultados da balança comercial de 2012. As exportações vão atingir US$ 237,070 bilhões, cifra acima dos US$ 236,580 bilhões estimados anteriormente, em dezembro do ano passado. Já as importações foram revisadas para baixo: de US$ 233,5 bilhões para US$ 229,020 bilhões. A entidade revisou ainda sua projeção para o superávit, que saiu de US$ 3,040 bilhões para US$ 8,050 bilhões.
"O maior ajuste foi feito nas estimativas para importações", explicou o presidente da AEB, José Augusto de Castro. Segundo ele, a falta de dinamismo da economia brasileira, aliada à adoção de medidas protecionistas pelo governo, tem desestimulado as importações. O cenário é mais dramático para o segundo semestre.
Mesmo assim, ele acredita que o País terá alguns meses de déficit na balança. Castro lembra que 78% da safra de soja já foi embarcada e seus impactos positivos na balança devem sumir a partir de agosto. "Estamos trabalhando com um superávit de apenas US$ 1 bilhão para o segundo semestre", afirmou.
O ajuste nas importações teve como destaque as compras de petróleo, que, em razão da queda no preço do produto, pesou menos na balança comercial. A AEB trabalhava com um preço médio para o petróleo de US$ 125 o barril, mas o insumo foi comercializado ao longo do primeiro semestre a valores mais baixos, na casa de US$ 100 o barril.
"Estamos prevendo uma queda de 2,6% na receita com importações de petróleo sobre 2011, toda baseada em preço", acrescentou. Um movimento contrário ao verificado na importação de derivados de petróleo, que cresce em volume e preço. Só no primeiro semestre, a receita com importação de gasolina aumentou 368% em volume frente ao mesmo período do ano passado, saltando de US$ 333 milhões para US$ 1,575 bilhão.
Já nas exportações o maior ajuste foi feito nas estimativas para as vendas externas de minério de ferro, carro-chefe da pauta brasileira. "A quantidade vendida ficou igual, mas o preço caiu mais do que nossa expectativa", revelou. A AEB previa uma cotação média de venda de US$ 105 por tonelada para 2012, mas o cenário não se confirmou. O minério chegou a ser negociado a US$ 95 no início do ano e, com isso, o preço médio do semestre ficou em US$ 102 por tonelada.
Castro alerta, porém, que a revisão pode ser ainda maior caso ocorra uma retração no volume vendido, movimento que depende do dinamismo da economia chinesa. Comparada a 2011, a receita com exportações de minério caem cerca US$ 10 bilhões, passando de US$ 41,817 bilhões para US$ 31,980 bilhões. Para a AEB, a participação do minério na pauta de exportações brasileira se retrai. A estimativa é de que o produto represente 13,49% das vendas externas, abaixo da fatia de 16,33% registrada em 2011.

Moedas de emergentes, como o real, sobem ante o dólar

Os mercados globais mostram discreta disposição à tomada de riscos após a China confirmar a desaceleração esperada do PIB do segundo trimestre, para 7,6%, ante 8,1% no trimestre anterior. A produção industrial chinesa em junho subiu 9,5%, de +9,6% em maio, e as vendas no varejo mantiveram o ritmo, com alta de 13,8%.
O movimento de compra de ações e de commodities e de venda de dólares é limitado pelas incertezas geradas pelo início da temporada de balanços do segundo trimestre nos EUA. Em Nova York, o JPMorgan Chase & Co abriu a safra de resultados nesta sexta-feira. A instituição reportou queda no lucro do segundo trimestre, porém, menor que a esperada pelos analistas.
O dólar cai levemente em relação a moedas de países exportadores de commodities no exterior e influencia a abertura do mercado brasileiro. No mercado doméstico, o dólar à vista abriu em baixa de 0,15%, a R$ 2,0350 no balcão. Até 10 horas, oscilou entre mínima de R$ 2,0320 (-0,29%) e máxima, de R$ 2,0360 (-0,10%).
No mercado futuro, nesse horário, o contrato de dólar que vence em 1º de agosto de 2012 recuava 0,29%, a R$ 2,0385, após abrir em queda de 0,17%, a R$ 2,0410. Até o momento, esse vencimento de dólar oscilou entre mínima de R$ 2,0370 (-0,37%) e uma máxima, de R$ 2,0435 (-0,05%).
No exterior, o dólar exibe ligeira alta ante o euro e uma cesta de seis moedas fortes, mas recua em relação a divisas de emergentes ligadas a commodities. Às 10h04, a moeda dos EUA perdia diante do dólar australiano (-0,27%), do dólar canadense (-0,13%), da rupia indiana (-0,720%) e do dólar neozelandês (-0,21%). De outro lado, o euro recuava para US$ 1,2168, ante US$ 1,2203 no fim da tarde de ontem. O dólar ante uma cesta com seis moedas fortes estava em 83,768, de 83,636 na quinta-feira.
Embora a taxa de expansão chinesa de abril a junho tenha sido a menor desde o primeiro trimestre de 2009, o país asiático está confiante de que irá alcançar a meta de crescimento de 7,5% definida para este ano. A perspectiva anima os investidores. Para isso, a China pretende manter controle sobre o seu mercado imobiliário, a fim de evitar bolhas de ativos e de promover o desenvolvimento econômico sustentável a longo prazo.
Quanto à saúde do setor financeiro chinês, testes de estresse realizados com 17 grandes bancos do país mostraram que as instituições têm capacidade de absorver grandes choques, informou nesta sexta-feira o Banco do Povo da China (PBOC, na sigla em inglês). Mesmo que os empréstimos inadimplentes subam mais de 400%, o sistema bancário chinês como um todo, deve manter uma taxa de adequação de capital de 10,89%, abaixo dos 12,33% atuais, afirmou o banco em comunicado.
Em Nova York, O JPMorgan anunciou uma queda no lucro líquido de 8,7% no segundo trimestre deste ano, para US$ 4,96 bilhões, de US$ 5,43 bilhões no mesmo período do ano passado. Os ganhos por ação recuaram para US$ 1,21, de US$ 1,27, na mesma comparação, e superaram a previsão dos analistas de lucro de US$ 0,70 por ação. A receita diminuiu 16% no segundo trimestre, para US$ 22,89 bilhões, mas também ficou acima das estimativas de US$ 21,79 bilhões.
Nesse contexto, os investidores absorvem sem sobressaltos o rebaixamento do rating da Itália pela Moody's. Tanto que o país vendeu a oferta máxima de 3,5 bilhões de euros em novos títulos de três anos, com taxa de retorno de 4,65%. A nota da Itália foi rebaixada em dois graus, de A3 para Baa2 - dois acima do nível especulativo. A expectativa é de que os bancos italianos também sejam rebaixados pela agência.
No Reino Unido, o Banco da Inglaterra (BOE, na sigla em inglês) e o Tesouro britânico lançaram hoje um novo esquema pelo qual os bancos que elevarem os empréstimos para famílias e empresas terão acessão a financiamento mais barato. A medida entrará em vigor em 1º de agosto e tem o objetivo de aumentar o volume de crédito no Reino Unido e de proteger a economia britânica dos efeitos da crise fiscal na zona do euro.

Fluxo cambial é positivo na primeira semana do mês

O fluxo de dólares para o Brasil começou positivo no mês de julho. Dados apresentados nesta quarta-feira pelo Banco Central mostram que US$ 396 milhões ingressaram no País na primeira semana do mês, entre os dias 2 e 6. Em igual período de julho do ano passado, o movimento era positivo em US$ 901 milhões.
O ingresso da moeda foi liderado na semana passada pelo movimento financeiro, que registrou entrada líquida de US$ 386 milhões. Nessa cifra, estão operações de câmbio para a compra de ações e títulos de renda fixa, empréstimos, remessas de lucros e investimentos produtivos, entre outras. Ao todo, as entradas somaram US$ 6,678 bilhões e superaram as saídas de US$ 6,292 bilhões no período.
Na semana, o fluxo comercial também foi positivo e somou US$ 10 milhões. Segundo o BC, as exportações alcançaram US$ 3,388 bilhões e superaram com pequena vantagem as importações de US$ 3,378 bilhões no mesmo período.
No acumulado do ano até 6 de julho, o fluxo cambial acumula entrada líquida de US$ 23,340 bilhões, sendo US$ 20,144 bilhões no segmento comercial e US$ 3,196 bilhões pela via financeira.

Projeção do câmbio para fim de 2012 segue em R$ 1,95

Mesmo com os fortes sinais dados na semana passada de que o governo quer o dólar na casa dos R$ 2, analistas consultados pela pesquisa Focus realizada pelo Banco Central mantém previsões da moeda abaixo desse patamar.
De acordo com o levantamento divulgado nesta segunda-feira, a mediana das projeções para o preço da moeda estrangeira no fim deste ano seguiu em R$ 1,95 pela terceira semana. Para o fim de 2013, subiu de R$ 1,90 para R$ 1,94. Há um mês, analistas previam dólar a R$ 1,90 no fim de 2012 e a R$ 1,88 no fim de 2013.
Na mesma pesquisa Focus, o mercado financeiro manteve a previsão de taxa média de câmbio para 2012 em R$ 1,92. Para 2013, a estimativa de câmbio médio avançou de R$ 1,90 para R$ 1,91. Há um mês, a pesquisa apontava que a expectativa estava em R$ 1,90 em 2012 e em R$ 1,86 no próximo ano.
De acordo com a pesquisa Focus, as previsões de déficit em transações correntes em 2012 e 2013 também foram alteradas. A mediana das expectativas de saldo negativo em conta corrente neste ano aumentou de US$ 64,61 bilhões para US$ 65 bilhões. Há um mês, a expectativa estava em US$ 65,9 bilhões.
Para 2013, a previsão de déficit nas contas externas foi em tendência contrária e caiu de US$ 71,13 bilhões para US$ 71,06 bilhões. Quatro semanas antes, analistas esperavam déficit em transações correntes de US$ 72,28 bilhões no próximo ano.
Na mesma pesquisa, economistas reduziram as estimativas de superávit comercial em 2012, de US$ 19,2 bilhões para US$ 18,09 bilhões. Para o ano seguinte, a previsão seguiu em US$ 14,78 bilhões. Um mês antes, analistas previam superávit da balança comercial de US$ 20 bilhões e US$ 15 bilhões, respectivamente.
A pesquisa mostrou ainda que a estimativa para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, foi mantida em US$ 55 bilhões em 2012. Para o ano seguinte, a estimativa aumentou de US$ 59 bilhões para US$ 59,5 bilhões. Há um mês, analistas esperavam entrada de US$ 55,10 bilhões e US$ 59,4 bilhões, respectivamente, em cada um dos dois anos.

Fluxo cambial é positivo de US$ 318 milhões em junho

O Brasil voltou a receber dólares em junho. Dados divulgados nesta quarta-feira pelo Banco Central mostram que o fluxo cambial no mês passado ficou positivo em US$ 318 milhões. O resultado reverte parte da saída de US$ 2,691 bilhões em maio.
O ingresso de recursos no mês passado aconteceu exclusivamente pela conta financeira, que registrou saldo líquido positivo de US$ 1,280 bilhão. Nessa cifra estão operações como investimentos em ações e renda fixa, empréstimos, remessas de lucros, investimentos produtivos, entre outros. No total, o fluxo financeiro acumulou ingresso de US$ 28,902 bilhões e saídas de US$ 27,622 bilhões no mês passado.
O fluxo comercial, no entanto, registrou saída líquida de US$ 962 milhões. Esse é o primeiro saldo negativo do comércio exterior no ano e aconteceu mesmo com o dólar no patamar de R$ 2,00. Em junho, os contratos de câmbio para pagamento de importações alcançaram US$ 18,216 bilhões, montante superior à receita de US$ 17,254 bilhões dos exportadores.

Bancos reduzem posição comprada em câmbio em junho

Os bancos reduziram ligeiramente a posição comprada no mercado cambial. Dados do Banco Central apresentados nesta quarta-feira mostram que as instituições financeiras encerraram junho com posição comprada de US$ 2,287 bilhões, inferior ao observado em maio, quando o setor estava comprado em US$ 2,686 bilhões. Junho foi o sexto mês seguido em que o mercado manteve posição comprada no câmbio.
No jargão do mercado financeiro, estar "comprado" sinaliza crença de que as cotações do dólar podem subir. Assim, ao ter a moeda em caixa é possível lucrar com uma eventual alta das cotações. Ao contrário, estar "vendido" representa expectativa de queda do preço da moeda.

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.
Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário